O Brasil é o sétimo país do mundo com o maior faturamento em vendas diretas. É o que aponta os dados divulgados pela Federação Mundial das Associações de Vendas Diretas (WFDSA) e pela Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD). Uma das atividades que mais contribui para esse resultado, além do varejo, é o mercado de revendedores, que já soma mais de 4M de microempresários no país, segundo a ABEVD.
Ainda de acordo com este estudo, as mulheres são a maioria, ocupando 60% dos postos de trabalho. A maior parte das revendedoras é casada, representando 57% do total. O levantamento também aponta a faixa etária das empreendedoras de vendas diretas. Quase a metade, 49%, são jovens de 18 a 29 anos. Já as com idade de 30 a 40 anos correspondem a 30% dos revendedoras, enquanto as vendedoras mais experientes, de 41 a 54 anos, representam 16% do total. O relatório também mostra que os canais digitais predominam na divulgação de vendas diretas, com 80% dos revendedores utilizando aplicativos de mensagens, e 71% usando as redes sociais para atender os clientes.
E algumas categorias têm se mostrado cada vez mais promissoras. Posicionado entre os principais do mundo, o mercado de semijoias se mantém atraente, como uma lucrativa e com baixo investimento inicial para quem deseja empreender. Seja para obter renda extra ou manter como o principal negócio, a revenda de semijoias têm ganhado espaço no ramo de acessórios e moda. Alguns fatores pesam positivamente: como a lucratividade que o negócio possibilita, além da qualidade e do preço justo que favorecem a fidelização do consumidor.
Foi o que aconteceu com a empreendedora tocantinense Luana Cabral, da Luah Semijoias. A inspiração para o negócio veio da sua mãe, que já era revendedora de semijoias há 15 anos. Além de crescer vendo a matriarca no ofício, ela também chegou a atuar no comércio de joias. Quando a demissão bateu sua porta, a revenda de semijoias foi a solução para o desemprego e a chance de empreender. “Investi todas as minhas economias e a venda de um carro para vender semijoias folheadas a ouro. Comprei uma passagem de ônibus para São Paulo, considerado um grande polo de semijoias, e voltei para Tocantis abastecida para fazer o negócio acontecer”, relembra. Hoje, 10 anos depois, Luana está à frente da Luah Semijoias, que conta com mais de 1700 revendedoras pelo Brasil e 12 lojas.
“Alta durabilidade, valor mais acessível em relação a uma joia e qualidade superior às bijuterias é o que faz desse mercado tão lucrativo e promissor. Atualmente, 80% das vendas da Luah Semijoias são de vendas diretas por meio de revendedoras. Nossas lojas funcionam como vitrine para o público final, mas principalmente como ponto de coleta de peças para as revendedoras. Em sua maioria, as microempresárias do nosso ecossistema são mães com filhos pequenos, que não conseguem trabalhar fora, mas querem fazer uma renda extra para a sua família” – conta Luana.
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