Como parte das ações do mês que celebra a Consciência Negra, o projeto Auê realizou, nesta quarta-feira, 06, mais uma oficina de turbantes na Escola Municipal Crispim Pereira, em Taquaruçu.
A atividade trabalha com tecidos de estampas variadas, amarrações diferenciadas e a ideia de levar conhecimento, ancestralidade e autoestima para os estudantes.
O curso, aplicado durante a programação do projeto Arte de Viver, será ministrado pela estilista Cristiane Ferreira. A oficina faz parte das ações contempladas pelo edital LPG/2024 cultura-afrobrasileira da Fundação Cultural de Palmas.
Stella Antunes, produtora do projeto, lembra que o turbante é um acessório muito utilizado na cultura africana por mulheres desde muito jovens, sendo muito além da questão estética, mas se tornando uma peça representativa de força, resistência e ancestralidade.
“No processo de resgates das raízes afro-brasileiras, o turbante vem se popularizando como indumentária que também simboliza quebras de paradigmas, como a autovalorização na busca das singularidades que herdamos de nossos ancestrais africanos. E como no caso de Cristiane Ferreira, que o acessório se tornou um aliado em seu processo de transição capilar, ela se encantou com as inúmeras possibilidades de usos dos lenços e tecidos, o que despertou a vontade de repassar este conhecimento para outras pessoas”, pontua.
A partir desta ideia, nasceu o projeto Auê Turbantes, que foca em levar oficinas da técnica para diversos espaços, entre eles, os hospitais e escolas públicas. “Sempre era convidada a ministrar oficinas para mulheres em processos de transição e levar ações desta natureza para as escolas é reforçar a importância de partilhar o conhecimento advindo do processo de formação proporcionado pelo debate sobre identidade e empoderamento entre os estudantes”, enfatiza.
A especialista reforça que a oficina além de melhorar a autoestima de muitas crianças e jovens, estimula o desenvolvimento das atividades de vida diária, que é o auto-cuidado. “ a iniciativa traz um papel ímpar no empoderamento e na valorização dos jovens negros nas escolas. Ao participar dessas oficinas, os alunos têm a oportunidade de se conectar com suas raizes culturais e conhecer sobre a rica tradição por trás do uso de turbantes, especialmente nas comunidades afrodescendentes”, salienta.
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