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Polícia Federal investiga grupo criminoso que sacou mais de 20 milhões na caixa econômica de Gurupi 

A investigação que contou com a cooperação da CAIXA, apurou que o grupo criminoso era formado por três núcleos de atuação. 

28/11/2024 às 09h39 Atualizada em 28/11/2024 às 10h06
Por: Redacão Fonte: da Assessoria
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Polícia Federal investiga grupo criminoso que sacou mais de 20 milhões na caixa econômica de Gurupi 

A Polícia Federal realizou nesta quinta-feira (27),  a “Operação XRay”, com objetivo de desarticular organização criminosa dedicada à prática de fraudes contra a Caixa Econômica Federal-CAIXA, para a realização de saques milionários de valores relativos a precatórios judiciais no município de Gurupi/TO. 

 

O saque realizado na agência da CAIXA na cidade de Gurupi foi no valor total de R$ 20.861.350,56 (vinte milhões oitocentos e sessenta e um mil trezentos e cinquenta reais e cinquenta e seis centavos), cujas legítimas beneficiárias eram empresas de Serviços Médicos sediadas no Estado do Rio de Janeiro. Advogados  e servidores da caixa são alguns dos investigados na operação. 

 

Estão sendo cumpridos 06 (seis) mandados de busca e apreensão, sequestro de bens móveis e imóveis e bloqueio de valores em contas bancárias nos Estados do Tocantins, Acre e Santa Catarina. A investigação que contou com a cooperação da CAIXA, apurou que o grupo criminoso era formado por três núcleos de atuação. 

 

O primeiro era o núcleo externo, formado pelos advogados e outros suspeitos responsáveis pela fraude documental como procurações, selos púbicos, contratos, assinaturas e pelo saque do dinheiro. 

 

O segundo era o núcleo interno, envolvendo funcionários importantes da CAIXA os quais, em conluio com os agentes externos, viabilizavam a liberação do dinheiro.

 

 E o terceiro era o núcleo da lavagem, responsáveis pelo branqueamento dos valores obtidos ilicitamente. Os crimes vinham sendo executados a partir de obtenção de informações sobre decisões judiciais favoráveis à liberação de precatórios. Após o saque de valores elevados, os suspeitos passavam a ocultar ou dissimular sua origem ilícita, mediante lavagem de capitais, beneficiando-se, direta ou indiretamente, do dinheiro obtido mediante crime. Do montante sacado, a Caixa Econômica Federal, atendendo a uma ordem judicial determinada pelo Juízo Federal do Rio de Janeiro, conseguiu recuperar a quantia de R$ 15.330.257,93.

 

Segundo apurado até o momento, os prejuízos aos cofres públicos ultrapassam R$ 5 milhões de reais. Conforme informado pela CAIXA, o grupo cometeu outra tentativa de saque de precatórios, nos valores de R$ 945.000,00 e R$ 300.000,00, no dia 28/03/2024, na cidade de Luís Eduardo Magalhães/BA, utilizando-se do mesmo modo de agir. 

 

Os suspeitos poderão responder, na medida de suas culpabilidades, pelos crimes de peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas somadas, podem ultrapassar 30 anos de reclusão e multa. O nome da operação faz alusão à consoante X, símbolo da instituição financeira, a qual foi vítima de prejuízo milionário, por meio de saque de precatórios obtidos de forma fraudulenta.

 

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