Hospitais e clínicas que atendem pelo Plano Servir do Tocantins podem parar atendimentos por falta de pagamentos.

Os profissionais que atendem pelo Plano de Saúde Servir, que é do Governo do Tocantins, estão cada vez mais desacreditados em ofertar os serviços para o Estado, pois os pagamentos sempre atrasam. Segundo o Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado do Tocantins (Sindesto) e o Sindicato dos médicos do Estado do Tocantins(Simed), o contrato que eles têm para receber depois do serviço prestado é de 60 dias, mas alguns prestadores estão com atrasos desde agosto de 2024. 

Segundo o presidente do Sidesto, Thiago Antônio de Sousa, a situação está insustentável e os serviços podem parar a qualquer momento.  “Tem atendimentos realizados em junho e julho de 2024, cuja previsão de quitação deveria ter ocorrido em outubro de 2024. Isso significa que, até 10 de janeiro de 2025, esses débitos completarão 120 dias de atraso, além dos 60 dias estipulados contratualmente.

Eles vão se reunir na próxima terça-feira, 14. A ideia é discutir os atrasos nos repasses do Plano Servir. As entidades alertam que a continuidade dessa situação pode levar à suspensão de atendimentos eletivos, colocando em risco o funcionamento de hospitais e clínicas credenciados.

A Associação de Assistência Jurídica dos Servidores Públicos no Estado do Tocantins (AJUSP-TO) recebeu com preocupação a notícia de que os atendimentos do SERVIR podem ser suspensos. 

Segundo eles, não é a primeira vez que a AJUSP-TO alerta para os problemas tidos com a falta de regularidade nos pagamentos aos prestadores de serviço do SERVIR. “Só quem precisa do atendimento do SERVIR sabe como é na prática. Quanto mais atrasos, mais profissionais e estabelecimentos desacreditados do plano de saúde. O que precisamos é ampliar a rede credenciada, fazendo com que mais profissionais atendam pelo plano. Ocorre que isso não vai acontecer enquanto o Governo não fizer os pagamentos com regularidade. Fazemos um apelo ao Governador Wanderlei Barbosa para adotar as medidas cabíveis, compreendendo a gravidade da situação. É preciso haver o pagamento imediato. Estamos lidando com as vidas dos servidores públicos, no momento mais delicado que é o da enfermidade, e isso não pode ser negligenciado,” cobrou Cleiton Pinheiro, presidente da AJUSP-TO.

Esclarecimento do Governo.

Em nota, a Secretaria de Estado da Administração disse que a previsão de regularizar os débitos em atraso é até 31 de janeiro e que ainda não foi notificado sobre possíveis suspensões dos atendimentos do plano.

Veja a nota completa:

A Secretaria de Estado da Administração, informa que, até o momento, não foi notificada oficialmente por nenhum prestador do Plano de Assistência à Saúde do Servidor (Servir) sobre a descontinuidade dos serviços médicos e hospitalares. 

Ressaltamos que está prevista a quitação das faturas em atraso até o dia 31 de janeiro, conforme a disponibilidade orçamentária. 

Estamos à disposição para quaisquer esclarecimentos e reforçamos nosso compromisso com a manutenção dos serviços e o bem-estar dos beneficiários.  

Secretaria de Estado da Administração.

Palmas, 10 de janeiro de 2025.